Ação de empresa fora do radar sobe 400% com boom da inteligência artificial

Vitor Valeri
por | 25/11/2024 às 14:36

Fujikura, uma fabricante japonesa de cabos para data centers, teve uma alta de 400% em suas ações em 2024. Segundo o site Bloomberg, a construção de data centers, suprimentos de elétrica e redes de comunicação necessários para a IA precisará de pelo menos US$ 1 trilhão de investimentos. Essa necessidade do mercado fez com que a demanda pelos produtos da Fujikura disparasse desde 2022.

Durante entrevista ao site americano, o diretor financeiro da Fujikura, Kazuhito Iijima, disse:

“A demanda por data centers disparou desde 2022. Não entendíamos muito bem naquela época, mas ficou claro este ano que era tudo sobre IA.”

A especialidade da Fujikura são os cabos de fibra óptica e um de seus maiores clientes é a Apple. Seus cabos têm um dos menores diâmetros do setor, fazendo com que não seja necessário utilizar muitos tubos, de acordo com Kazuhito.

A história da Fujikura e o boom da IA

Fundada em 1885 por Zenpachi Fujikura, a empresa começou fabricando fios isolados com seda e algodão. Com o passar dos anos, a companhia cresceu com a industrialização do Japão, fornecendo cabos para a indústria automotiva, para os serviços públicos e para trens-bala.

Somente em 2020, a Fujikura sofreu seu primeiro prejuízo em mais de uma década. A pandemia somada às tensões comerciais entre os EUA e a China afetaram as vendas da empresa. Felizmente, o boom da IA fez com que a companhia voltasse a crescer.

Eleição de Trump faz com que empresa corra para atender à exegências do governo americano

Agora, com a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA, a Fujikura começou a tomar providencias para que nada a prejudique nas vendas para o país por conta do “Build America, Buy America Act”, que exige que os produtos manufaturados e os materiais de construção usados em projetos de infraestrutura sejam produzidos nos EUA. Kazuhito diz:

“Acabamos de concluir a instalação de uma base de produção, que está em conformidade com o BABA, para cabos de fibra óptica de ultra-alta densidade nos Estados Unidos. Isso protegerá o negócio mesmo que surjam novos problemas desfavoráveis a materiais importados.”

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