“Não vamos ter AGI no próximo mês”, diz Sam Altman em meio a expectativas

Entusiastas de inteligência artificial utilizaram as redes sociais nesta segunda-feira (20) para falar sobre a possibilidade do anúncio da AGI (inteligência artificial generativa) nas próximas semanas, após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

Em meio ao burburinho, o CEO da OpenAI, Sam Altman, já se posicionou pedindo que as expectativas fossem reduzidas.

“O hype no Twitter hype está fora de controle novamente. Nós não vamos lançar a AGI próximo mês e nem a construímos ainda. Temos algumas coisas muito legais para vocês, mas por favor se acalmem e cortem 100x suas expectativas”, escreveu no X, ex-Twitter.

A expectativa pelo lançamento veio após a informação de que Sam Altman agendou uma reunião informativa a portas fechadas para autoridades do governo dos EUA em Washington no dia 30 de janeiro. O que se esperava era que ele fosse apresentar a tecnologia ao governo americano na ocasião.

A divulgação teria relação com falas recentes de vários empresários do ramo de tecnologia sobre o potencial de a inteligência artificial substituir engenheiros de software de nível médio e outros empregos humanos neste ano, considera reportagem do Axios.

Momento de virada

Para o Axios, a expectativa do anúncio de superagentes de IA também se relaciona com dois momentos chave: a volta de Trump ao governo americano e a corrida de empresas de tecnologia para equiparar a IA à inteligência humana ou até superá-la.

Apesar do entusiasmo, é preciso considerar os desafios que a IA ainda enfrenta antes de ultrapassar essa barreira, como alucinações e confiabilidade.

Um dos principais pesquisadores da OpenAI, Noam Brown, inclusive, se posicionou sobre na sexta-feira: “Muito hype vago sobre IA nas mídias sociais ultimamente. Há boas razões para ser otimista sobre o progresso futuro, mas muitos problemas de pesquisa não resolvidos permanecem.”

Espera-se que o Congresso aborde um enorme projeto de lei de infraestrutura de IA para ajudar a estimular o crescimento de empregos nos Estados Unidos em dados, chips e energia para alimentar a IA.

Ao mesmo tempo, fica o medo de que a evolução na inteligência artificial possa acabar com empregos, como políticos mais conservadores têm argumentado.